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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Criptomoeda Brasileira apoia Instituto Internacional




A Educacoin fazendo a diferença nas causas sociais.

Primeira criptomoeda 100% brasileira e internacional com a missão de lutar pela educação, esporte, cultura e dando apoio aos jovens e poder proporcionar uma qualidade de vida melhor para humanidade, vamos doar 10% de nossos lucros para a instituição internacional canadense LILIA Foundation, que tem como objetivo resgatar crianças do tráfico infantil mundial e da pobreza. 

Faça parte dessa causa e adquira uma educacoin e patrocine essa missão mundial

Acesse o site e saiba mais: www.educacoin.com.br 

sábado, 9 de novembro de 2019


Surge no Mercado um projeto incrível Educacoin.

O Mercado de educação conta com muitos projetos voltados ao mercado educacional, a criptomoeda Educacoin vem atingindo um enorme publico e sua comunidade aumenta a cada dia.

Com a proposta de conectar empresas e usuários a Cripto vem caindo no gosto da população. São inúmeras possibilidades de uso no Brasil e Exterior.

Com um crescimento entre 6% a 10% ao mês deve lançar ainda em 2019 seu Bank Digital Educabank.


Mais novidades em breve.

Site: www.educacoin.com.br 

segunda-feira, 1 de abril de 2019



 EDUCACOIN 
(Código: EDC Simbolo E) É um token decentralizado. Muitas moedas são criadas em todo o Mundo porém em sua maioria sem finalidades específicas.
Em comparação a outros Tokens a EDC foi criada com um simples objetivo focar no mercado educacional. 

Criada em 2019 por um grupo de entusiastas entre eles seu fundador Rogério Rodrigues em [[Santos]] /  [[São Paulo]]. Dando Inicio ao sua [[Oferta inicial de moedas|ICO]] Oferta Inicial de Moedas Hoje mais de 100.000.000 milhões de Token estão preparados para serem distribuidos no mundo todo.

Elas podem ser [[Mineração de Bitcoin|mineradas]] e armazenadas em uma das principais '''carteiras'''  Waves.io e em breve na Binace.com.

Existe um enorme défit educacional no Mundo, principalmente em países sub-desenvolvidos.

O Brasil ainda tem 11,5 milhões de pessoas analfabetas com quinze anos de idade ou mais, segundo o módulo Educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua [[Pnad]].

O número representa 7% da população a partir dessa faixa etária não sabe ler nem escrever.

Depender de governos e projetos sociais levam milhares de crianças e jovens e deixarem de estudar.

Outros casos são grupos de pessoas que se juntam para angariar fundos para mandarem adolescentes estudar em outros países. 

E os casos esportivos, onde atletas por falta de recursos não conseguem participar de campeonatos e deixam seus sonhos

para trás.

== Referências ==
1. https://portaldobitcoin.com/o-que-e-ico/ 
2. [[Mineração de Bitcoin]]
3. Waves.io https://wavesdesk.com/asset/AZtx2au5Qi6YSvumsRK1vkViZ6aSQoDToTFB9JAPdomw
4. https://educacoin.com.br

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

EDUCACOIN REVOLUÇÃO NA EDUCAÇÃO

Educacoin Primeira Plataforma Moeda Digital Educacional

Esta sendo lançado no Brasil a primeira plataforma internacional de moedas digitais, voltada ao mercado de educação.

Um grupo de empresários brasileiros e portugueses encontraram uma grande oportunidade em um mercado cada vez mais necessitado de investimentos.

Eles calculam que em alguns anos a população mundial vai adotar as moedas digitais, se transformando em algo muito comum a ser utilizado.

A Educacoin esta fechando parcerias com grandes instituições educacionais, nacionais e internacionais, fazendo com que todos possam ter acesso a educação ao custo muito mais acessível.

Seus idealizadores estão de olho no futuro e no mercado que cresce a cada dia.

Mas informações acesse o site www.educacoin.com.br

sábado, 6 de junho de 2015

SÃO PAULO MUDARÁ ENSINO MÉDIO PÚBLICO EM 2016 E ALUNOS VÃO ESCOLHER DISCIPLINAS

SP MUDARÁ ENSINO MÉDIO PÚBLICO EM 2016 E ALUNOS VÃO ESCOLHER DISCIPLINAS

O PLANO É QUE A MAIOR PARTE DO QUE É ESTUDADO NOS DOIS ÚLTIMOS ANOS SEJA CONSTRUÍDA A PARTIR DOS INTERESSES DO ALUNO. DEVE HAVER A OFERTA DE DISCIPLINAS FORA DA GRADE TRADICIONAL, COMO TEATRO



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Educação escola estudo material escolar (Foto: Shutterstock)
O governo do Estado de São Paulo vai iniciar no próximo ano um novo modelo de currículo no ensino médio. O plano da Secretaria Estadual da Educação é transformar a maior parte do curso em disciplinas optativas, modelo em que os estudantes podem escolher o que vão estudar. O novo ensino médio deve começar em 2016 em um número restrito de escolas e depois avançar para toda a rede.

A reforma dessa etapa deve transformar sobretudo os 2.º e 3.º anos, quando as disciplinas serão oferecidas para opção do aluno. Será o estudante que montará sua grade. Apenas o 1.º ano continuaria com o currículo fechado, em um "núcleo comum", como é hoje em toda a educação básica.

Ao se confirmar, essa deve ser a maior mudança no ensino médio da rede estadual, a maior do País. O secretário da Educação de São Paulo, Herman Voorwald, informou à reportagem acreditar que a aposta no protagonismo do aluno é a melhor saída para essa etapa, considerada o maior gargalo da educação brasileira.

"Se eu quiser desenvolver a capacidade de escolha e de tomada de decisões nos jovens, tenho de permitir que ele opte. Este é o único caminho que tenho para que esse menino diga: 'estou escolhendo as disciplinas que eu quero, que fazem parte do que eu quero seguir na minha vida'", disse o secretário.

A proposta está sendo finalizada na área pedagógica da pasta para ser discutida no Conselho Estadual de Educação (CEE) no segundo semestre. A secretaria não revela detalhes, mas o plano é que a maior parte do que é estudado nos dois últimos anos seja construída a partir dos interesses do aluno. Deve haver a oferta de disciplinas fora da grade tradicional, como Teatro. "Ou mudamos ou vamos falir e esses meninos não vêm para a escola. Se ele odeia Matemática, pode optar por Artes, Idiomas", diz Voorwald.

Modelo
Ainda não há um número definido de escolas que vão iniciar a nova grade, mas elas serão escolhidas por adesão ao projeto. Há preocupação na pasta de o modelo "travar" se for iniciado em um número muito grande de escolas ou na rede toda. Essa estratégia de adesão foi adotada no modelo de Escola de Tempo Integral, iniciado em 2011, que hoje envolve 257 escolas do fundamental ao médio.

Ensino médio
Essas unidades de tempo integral têm grade flexível, com base em um conceito de protagonismo juvenil. Os alunos podem escolher disciplinas optativas, que vão da prática de ciência à moda. As boas experiências do modelo é que têm inspirado o novo currículo. "O aluno não será mais um número, muda até o conceito de gestão", diz o secretário, que afirma que o plano existe desde 2011, quando assumiu a pasta no início do mandato anterior do governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Mas o terreno não era fértil na época, como agora", diz.


Para especialistas, mudanças são urgentes. Segundo o ex-secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) Cesar Callegari, o ensino médio precisa de uma revolução, feita com muita coragem. "Não adianta mais ficar remendando uma estrutura que evidentemente não corresponde às necessidades dos jovens, das escolas e do País", diz o também ex-secretário municipal de Educação da Prefeitura de São Paulo. "É importante que a meninada tenha como exercer seu protagonismo."

Os indicadores de qualidade do ensino médio do País estão praticamente estagnados, e não é diferente em São Paulo. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ensino médio paulista caiu entre 2011 e 2013, de 3,9 para 3,7, ficando abaixo da meta daquele ano (que era de 3,9) e distante da meta a longo prazo: chegar a 5,1 em 2021. No indicador estadual realizado todos os anos, houve variação positiva no Idesp em 2014 com relação ao ano passado. Passou de 1,83 para 1,93 - o ideal é chegar a 5. O maior problema é que os resultados nas avaliações de Português e Matemática estão estagnados em níveis muito baixos há anos.

A pesquisadora Paula Louzano, doutora em Política Educacional pela Universidade Harvard, vê a falta de um esforço para uma sistematização articulada entre os níveis de ensino. "Há uma ideia de que nosso ensino é enciclopédico, mas nem a esse ponto chegamos. Se os alunos soubessem o que é porcentagem, mas não entendessem para que serve, seria isso. Mas a maioria dos alunos não sabe nem porcentagem", diz. "Vejo com muita desconfiança reformas no ensino médio sem mexer nos anos finais do ensino fundamental."

WWW.EVOLUCAOXWORLD.COM.BR

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Viviane Senna diz, modelo de escola atual parou no século 19

Viviane Senna diz, modelo de escola atual parou no século 19

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Viviane Senna (Divulgação)
Para Viviane Senna, sistema educacional atual prepara alunos para mundo 'que não existe mais'.
A psicóloga Viviane Senna poderia ser conhecida apenas por ser a irmã do piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna, morto em maio de 1994. O trabalho que vem realizando há duas décadas à frente do instituto que leva o nome do irmão, porém, fez com que também se tornasse uma das figuras mais proeminentes no debate sobre educação no Brasil.
O Instituto Ayrton Senna (IAS) foi idealizado pelo piloto, mas só saiu do papel após sua morte, em novembro de 1994, quando sua família cedeu à entidade os direitos sobre a imagem de Senna. Desde então, vem atuando em projetos para melhorar a eficiência de instituições de ensino em todo o país, organizando desde programas de reforço escolar e capacitação de professores até sistemas de gestão de recursos.
Seus projetos atendem a cerca de 2 milhões de crianças a cada ano, sendo em parte financiados pelo licenciamento de produtos da grife Senna - que vão de capas de smartphone a macarrões instantâneos, relógios e artigos de papelaria.

No mês passado, o instituto abriu uma nova seara de atuação com a inauguração do chamado "Edulab21", um laboratório de inovação dedicado a produção e disseminação de pesquisas científicas que possam contribuir para a formulação de políticas públicas para a educação.
Entre seus integrantes e colaboradores estão o economista Ricardo Paes de Barros, um dos arquitetos do programa Bolsa Família (agora no IAS), o economista Daniel Santos, da USP, e os psicólogos Filip de Fruyt, da Universidade de Ghent, Oliver John, da Universidade da Califórnia, e Ricardo Primi, da Universidade de São Francisco.
"A ideia é gerar e disseminar conhecimentos que possam ajudar a levar o século 21 para dentro da escola", explica Viviane. Em uma cerimônia para promover a iniciativa, a psicóloga explicou para a BBC Brasil por que acredita que o sistema educacional parou no século 19 e o que é preciso fazer para resolver esse problema. Confira:
BBC Brasil - Por que a senhora diz que a escola está ficando para trás?
Viviane Senna - Se pudéssemos transportar um cirurgião do século 19 para um hospital de hoje, ele não teria ideia do que fazer. O mesmo vale para um operador da bolsa ou até para um piloto de avião do século passado. Não saberiam que botão apertar. Mas se o indivíduo transportado fosse um professor, encontraria na sala de aula deste século a mesma lousa, os mesmos alunos enfileirados. Saberia exatamente o que fazer. A escola parece impermeável às décadas de revolução científica e tecnológica que provocaram grandes mudanças em nosso dia a dia. Ficou parada no tempo, preparando os alunos para um mundo que não existe mais.
Viviane Senna: 'A criança não pode apenas decorar conceitos ou receber informações do professor. Precisa desenvolver um pensamento crítico e um raciocínio lógico aguçado, desenvolver sua capacidade de inovar, ser criativa e flexível e de resolver problemas'
BBC Brasil - O que há de tão errado com a educação hoje?
Viviane Senna - Um dos problemas é que o professor não tem a menor chance de ser a "fonte do conhecimento", com o conhecimento se multiplicando de forma exponencial, em questão de segundos. Até o século passado, uma descoberta revolucionária demorava décadas para acontecer. Hoje, temos uma grande inovação a cada cinco anos. Só neste ano a previsão é de que sejam produzidos mais conhecimentos e informações do que nos últimos 5 mil anos. Na prática, isso significa que se um aluno começa um curso técnico de quatro anos, por exemplo, quando chega ao terceiro ano, metade do que aprendeu no primeiro já está defasado.
Não dá para continuar com um sistema em que o professor é o detentor do conhecimento e o aluno um arquivo em que esse conteúdo deve ser "depositado" - basicamente, o modelo do século 19. Precisamos levar o século 21 para a escola. O que significa criar sistemas que deem aos alunos oportunidade e capacidade de acessar esse arsenal de novidades produzido de forma constante em diversas disciplinas.
BBC Brasil - O que seria a escola do século 21?
Viviane Senna - Quando falamos em escola do século 21 as pessoas pensam que estamos falando em levar tablets e smartphones para as salas de aula. Não é só isso. É claro que essas novas tecnologias da informação são importantes, mas não são suficientes. São uma pequena parte dessa imensa revolução na produção de conhecimento que estamos vivenciando. O que precisamos é de uma escola que consiga preparar as crianças para viver, se relacionar e trabalhar em um mundo complexo como o que temos hoje, uma sociedade e uma economia do conhecimento.
A criança não pode apenas decorar conceitos ou receber informações do professor. Precisa desenvolver um pensamento crítico e um raciocínio lógico aguçado, desenvolver sua capacidade de inovar, ser criativa e flexível e de resolver problemas. Essas habilidades socioemocionais são cruciais para que as pessoas e países possam prosperar. E o professor deve ser um mediador nesse processo. Mais do que o conhecimento certo, precisamos fomentar as atitudes certas.
Qual casamento sobrevive se o casal não tiver muita flexibilidade, persistência, criatividade? Não adianta ser inteligente. Essas habilidades são determinantes, seja na vida pessoal, na família, no trabalho e na vida em sociedade. E elas podem e devem ser desenvolvidas intencionalmente. Devem deixar de ser um currículo oculto para se tornar uma meta do sistema de ensino, como a aquisição de determinados conhecimentos de português e matemática.
BBC Brasil - O que pode servir de inspiração para a mudança?
Viviane Senna - Há diversas experiências interessantes nessa área. No Japão, por exemplo, desde a pré-escola as crianças passaram a receber brinquedos grandes, com os quais não podem brincar sozinhas. Elas precisam da ajuda dos amiguinhos. O objetivo é desenvolver a competência de colaboração nos alunos desde pequenos, porque eles já entenderam que essa capacidade de trabalhar em grupo será importante para os japoneses em um mundo globalizado, em que eles têm de lidar com pessoas e povos de cultura diferentes.
No Colégio Estadual Chico Anysio, no Rio de Janeiro, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação do RJ, já trabalhamos esses conceitos sobre os quais falei. Os alunos participam de três tipos de projetos: de intervenção, em que trabalham em times para levar adiante ações envolvendo a escola e a comunidade; de pesquisa, em que fazem pesquisas relacionadas a diferentes áreas de conhecimento; e os projetos de vida, em que refletem sobre suas trajetórias escolares e vivenciam situações que lhes permitam construir suas identidades e projetos de vida.
Em escolas públicas do interior de São Paulo, junto com a Secretaria Estadual de Educação de SP, desenvolvemos soluções educacionais em que os estudantes desenham e colocam em prática ações para melhorar a escola e comunidade. E, para chegarem a soluções para problemas reais, aprendem conceitos básicos das disciplinas regulares, como Português e Matemática. Também criamos, em parceria com a OCDE e as secretarias estadual e municipal de educação do Rio, um sistema para avaliar o os resultados desses projetos, o SENNA - sigla em inglês para avaliação nacional de competências socioemocionais ou não cognitivas.
BBC Brasil - O Instituto Ayrton Senna está lançando um centro de estudos que vai coletar e produzir pesquisas para contribuir para a 'evolução' da escola. Que tipo de descoberta pode ajudar?
Viviane Senna - Na área de neurociência, por exemplo, estamos avançando no conhecimento das chamadas funções executivas, ligadas ao córtex pré-frontal. Algo que se descobriu recentemente, e que tem sido confirmado por pesquisas na área de psicologia e economia, é que as capacidades de você autorregular seu comportamento, estabelecer metas e ser persistente na busca dessas metas, ter disciplina e responsabilidade têm um impacto imenso na aprendizagem escolar e na sua trajetória pessoal e profissional.
Uma criança disciplinada, perseverante e focada aprende. E as pesquisas mostram que pode ter tanto ou mais sucesso na escola e fora dela do que uma criança considerada muito inteligente, com QI alto. Não adianta ser um Einstein em potencial. Então algo que precisamos pensar seriamente é como desenvolver essas qualidades. Outra coisa interessante que as pesquisas têm mostrado é que as habilidades socioemocionais podem ter um impacto maior que o nível socioeconômico de uma criança em seu desempenho escolar.
'Desenvolver habilidades como flexibilidade, persistência e criatividade devem ser metas de ensino, como a aquisição de determinados conhecimentos de português e matemática'
BBC Brasil - Como assim?
Viviane Senna - Há vinte anos, era comum ouvir no Brasil que as crianças pobres não conseguiam aprender direito porque eram subnutridas, não comiam bem. Esse discurso foi superado, mas muita gente ainda continua tentando atribuir o problema do fracasso escolar a dificuldades criadas pelo nível socioeconômico dos alunos. Como se esse fosse um fator determinante. A escola lava as mãos. Diz: a criança não aprende porque é pobre, vem de uma família desestruturada.
Há de fato alguma correlação entre nível socioeconômico e aprendizagem, mas o papel da escola é mudar isso. Senão teríamos de concluir que é preciso enriquecer todas as crianças brasileiras e suas famílias para que elas consigam aprender - o que é um absurdo. A educação deve ajudar na ascensão social da criança. Não o contrário. O que os estudos mostram é que mesmo crianças pobres, com backgrounds familiares desfavoráveis, conseguem prosperar na escola e na vida se tiverem as habilidades socioemocionais certas.
BBC Brasil - Especialistas dizem que, embora nos últimos anos o Brasil tenha conseguido aumentar a média de anos de estudos da população, ainda não avançamos na questão da qualidade. Algum sinal de mudança?
Viviane Senna - Na área de educação pública, o Brasil é como um espadachim, obrigado a lutar em duas frentes. De um lado, temos tarefas bastante primárias pendentes. Ao contrário de países desenvolvidos, ainda precisamos ensinar a população competências cognitivas básicas como ler e escrever. Ao mesmo tempo, o país também tem de começar a adaptar as escolas públicas para atender a essas novas demandas do século 21. A boa noticia é que as habilidades requeridas pela realidade de nosso século facilitam o desenvolvimento das habilidades cognitivas básicas. Ou seja, se fizermos avanços em uma frente, avançar na outra se torna mais fácil.

BBC Brasil - Mas estamos dando algum passo para avançar na questão da qualidade? Em um momento o governo promete que seu lema será 'pátria educadora'. Logo em seguida, a educação é atingida pelos cortes para promover o ajuste fiscal …
Viviane Senna - O Brasil está em um momento bastante difícil do ponto de vista econômico, político e ético. E a educação não pode ser isolada desse contexto adverso. Mas acho que nossa grande tarefa hoje ainda é identificar qual direção queremos tomar em termos de educação pública, porque se não sabemos para onde vamos, não importa se o contexto está favorável ou não. Nenhum vento ajuda quem não sabe em que porto quer atracar.